Caminhos e caminhadas.
(republicado - do meu antigo e apagado blog)
É muito mais fácil trilhar o caminho já aberto e ter como
apoio a placas indicativas que abrir um novo.
Eu sempre ajo assim, e não é estranho ver isto nos meus
escritos: Quando não houver caminhos eu crio um. A isto eu chamo de persistência,
mas só quando NÃO houver um caminho.
Muitas, diria inúmeras vezes, deitei-me debaixo do zimbro
e clamei que não sou melhor que meus pais, muitas e muitas vezes subi ao Monte
Horebe e lá ouvi o trovão e vi a tempestade, mas foi no silêncio que ouvi minha
própria consciência a me mostrar o que fazer.
Nunca quis provar para alguém ser capaz, ah! Desculpas –
menti – quis provar para mim que aqueles que me achincalharam estavam errados,
NÃO para eles. Isto é caminho para o sucesso, não perco tempo em me comparar em
querer me igualar, elevo a cabeça e busco além do horizonte.
E pelo caminho não tive orgulho em perguntar qual a
trilha mais amena e como nela chegar, em qual deles havia fontes de água pura –
na travessia achamos muitas fontes envenenadas -- e pontos de repouso, um oásis.
Estas são as exigências para atravessar o grande deserto que é a vida que sem
manual te deixa ao relento.
Não tendo bússola olhei para as sombras para saber a
direção, não tendo relógio olhei para as estrelas para saber as horas.
Acredito que a alma é universal e uma só, vez que veio de
Deus e o que temos é uma fagulha dela e uma vez sendo uma só, a minha alegria
se espalha por este mesmo universo assim como minhas angústias e tristezas. Se
evoluo todo o universo evolui, se paro – involuir é impossível – seguro o
avanço universal.
Todos nós devemos tudo a todos no sentido cármico e nesta
teia ou evoluímos juntos ou paramos juntos. O problema é que não aceitamos
isto, não sabemos que o que não quitamos hoje, vai ao cartório para ser cobrado
amanhã e protestado com encargos ainda maiores.
Parando por aqui, talvez um dia continue.
ACEITE.
em algum lugar do planeta, fevereiro de 2011