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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Recomendações básicas em momentos de estresse por calor durante o

Recomendações básicas em momentos de estresse por calor durante o

A qualidade da água de bebida para as codornas - Parte II - por R

A qualidade da água de bebida para as codornas - Parte II - por R

A qualidade da água de bebida para codornas – Parte I – por Rober

A qualidade da água de bebida para codornas – Parte I – por Rober

Não tente entender

Não tente entender
Não tente saber
Não tente correr
Enterre seus fetos, estes já não te darão netos
Caminhos são espaços que não estão abertos
Caminhos são espaços que você deve abrir
Caminhos são espaços que você deve fechar
Por que será que olho e vejo?
Por que será que o trovão assusta?
Por que será que palavras emudecem?
Por que será que o silêncio escurece?
Por que o buraco é tão alto?
Por que a montanha é tão funda?
Ruas sem fim, escuras sem cor
Ruas com fim, brilhantes com dor
Vire a direita, por aí não
Aqui ninguém suspeita
Perguntas e respostas sem fim
Em um mundo não bom nem ruim


ELIas, Dezembro de 2012

O que vejo no Natal


Eu O vejo, 
mas não só neste dia.
Alguns não veem o aniversariante
Que na verdade não nasceu no dia comemorado
Mas tudo bem, que seja simbólica,
mesmo que pagã seja a data.
Vejo comércio, 
Vejo comércio,
Vejo comércio,
Vejo exageros,
Bebedeiras,
mortes e pancadaria.
Vejo o pecado da gula
Enquanto o outro nada tem
Para vestir ou comer
A não ser que um pouco de ar engula.
Acho uma falta de respeito
Mostrar tantas festas
Pelo espelho do mundo
E mesas fartas
Quando sabemos que
Em tantos lares
Nem mesmo toalha se tem.
O que sente um pai?
O que sente uma mãe?
O que sente a criança?
Será que este mundo é do bem?
Por certo pensa, há um outro mundo bem mais além.
Onde está o bom velhinho?
Criação comercial.
Está fazendo a fantasia de alguns
E a outros trazendo o mal.
E vejo também Ele olhando
E chorando pelas almas que Ele queria.
Bom Natal pagão em todo o planeta.
Mesmo que seja só fantasia.
Este mundo é mau, é mal
Esta civilização é ruim, é, não faz o bem.


ELIas, Dez de 2012

Fragmentos V


Se bem conheço as pessoas, elas se fecham, mas continuam românticas e sonhadoras. Admirando uma flor, uma mini cultura, e velhos cantores e ritmos de suas épocas.

Nunca critico alguém que sonha, porque talvez a única coisa que a mantém viva é a esperança. 
Sonhos são a forma de esperança que pode ser realizada. 
Os meus, que dependeram unicamente de Deus e eu foram e estão sendo realizados ( promessas Dele ), já os que dependem de outras pessoas Ele pôs sobre os ombros dos que não ouvem, não falam e não escutam. 
Enfim, se roubaram meus sonhos, sobre eles caíram os resultados daquilo que não pude fazer ou que obstruíram. 
Ele não interfere no livre arbítrio, mas quer respostas da tua alma, hoje ou no amanhã. 
Repensemos nossos atos, palavras, silencio e surdez. 
Sonhos roubados são cobrados.

Sou uma pessoa fácil de se ler. 
Mas não tente compreender sem que eu responda a sua pergunta. 
Nos caminhos por onde ando sempre há um motivo ou uma razão, pode até ser que seja um acostamento. 
Não sabe? Pergunte.

O futuro é a única coisa que me interessa, mas veja bem, não o espero sem planejamento.

Não quero ver a retrospectiva de 2012, quero viver a perspectiva de 2013.

Para decolar uma aeronave, e mais seguro os ventos contrários. 
Nos céus melhor são os ventos de cauda. Por que na vida seria diferente? 
Preste atenção no sentido, porque os que sopram na cabeceira sopram também na final.

Não seja eu o motivo da minha doença
Seja a vida o motivo da minha crença
Cofres guardam e escondem segredos
Se assim não fosse se abriria sem segredos
Abro a porta e exponho sem medos 
Porque senão o segredo cobra sem dó
E a doença leva para o pó.

"A vida começa no final da sua zona de conforto". 
Traduzido de uma publicação de Marcio Gonçalves e é uma realidade. 
Até na maior das desgraças alguns sentem conforto na inércia.

"Minha avó sempre dizia: 
Nós sempre nos lembramos mais das tristezas que das alegrias. 
Portanto procure ser feliz." 
frase dita no filme Damages. Tenho que concordar.

Pior que "sua piscina está cheia de ratos" é seu poço estar cheio de girinos.

“No semblante de um animal, que não fala, há um discurso que somente um espírito sábio realmente entende!”
Mahatma Gandi

ELIas, dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Elias de Assis Gois: A flor que não morreu

Elias de Assis Gois: A flor que não morreu: A flor que não morreu. As luzes já estão todas acesas, os carros passam. Que dor lacerante, que prazer apavorante. Tinha que ser  Ang...

Elias de Assis Gois: Um fardo, um parto, um quarto

Elias de Assis Gois: Um fardo, um parto, um quarto: Um fardo, um parto, um quarto Abri a porta e entrei. A sala é grande e várias pessoas trabalham nela. Mas já é noite. Ele está senta...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Biruta biruta


O importante é a biruta estar sempre cheia.
Ney Matogrosso cantou que os ventos do norte não movem moinhos, mas pilam, isto ele esqueceu de cantar. Os místicos afirmam que o norte é escuro, é sombras. Os chineses afirmam que o vento traz doenças, tanto que a medicina tradicional chinesa dá nome de vento frio, vento quente, vento úmido, vento seco para algumas enfermidades. E o vento norte, escuro e sujo pela poeira e fragmentos imprestáveis ainda é pior.
Por que será que as mariposas voam na noite? As borboletas...
Mas a biruta estar sempre cheia é o que importa. O vento é novo e se renova. Ela aproveitou-se das correntes termais para nele flutuar. Fechou os olhos e viu seu corpo em pleno êxtase, não querendo ver que as termais já haviam formado uma película de cinzas em sua pele. E quanto mais pairava neste horizonte, mais grossa se tornava a película até que não fosse fácil remove-la.
A consciência é sábia. Avisa uma vez severamente, avisa na segunda vez já mais brandamente e na terceira vez informa apenas que está tristemente saindo para dar lugar ao livre arbítrio. Isola-se (a consciência) e permanece em um canto qualquer até o dia em que o livre arbítrio já farto de suas ações retira-se e então é a vez da consciência novamente se expor e cobrar, cobrar duramente o que não foi ouvido ou respeitado.
Ah! como é bom levitar dizia ela. E de olhos que não querem abrir, e tomada pela pífia sensação de bem estar, não quis observar que as termais eram formadas pelo abismo e o que a mantinha no ar era na verdade o calor emanado do fundo deste “poço-sem-fundo”.
E nas noites serenas atormentadas, escuras de lua cheia, como as mariposas vão, ela ia. Por vezes em dias ensolarados, enegrecia-os para também neles fazer seu feio voo.  Não pousava em flores, pousava em dejetos porque este é o lugar que buscava. E de dejetos em dejetos, mesmo a céu descoberto, pela noite encoberto pousava e alçava.
Que alegria odiosa, que prazer rancoroso. Um voo para o inferno.
Cordas foram lançadas do alto, mas ela não quis agarrar. Resvalava apenas e deixava que fossem recolhidas tantas vezes quantas foram as vezes em que foram lançadas.
Colocava sobre os ombros do mundo seu horrendo voo, mas a biruta cheia era o que interessava.  Entrou em estol e caindo sobre pedras pontiagudas machucou-se mais, mas mesmo assim alçou seu desengonçado e vergonhoso voo noturno como convém às mariposas.
A biruta cheia de poeira e detritos ao pilar deixou as marcas dolorosas. Tornou-se surda e muda, sente as dores, mas não quer o remédio. Quando o vento amaina, a velha biruta esvazia-se e então a saudade do vento de outrora renasce e a sensação de flutuar é desejada novamente.
Nunca aceitou navegadores para sua orientação, seu voo não tem registros e não pode ser publicado. Aceite ou morra este é o tema. Este é o bordão.
Isto foi uma narração.

ELIas, 28 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Amanhã - só amanhã


ELIas, 17 de novembro de 2012

Desistir? Jamais.





ELIas, 17 de novembro de 2012

Só poderia ser dela


ELIas, 17 de novembro de 2012

Razão X Emoção. Vida X Morte


Desculpas por voltar ao assunto.

Estive pensando estes dias e não consegui achar nenhuma forma de EMOÇÃO saudável.
Vejo a EMOÇÃO como um arcabouço que abarca todas as fragilidades humanas. Deus criou o mundo com RAZÃO, e em seguida “Caim por emoção matou Abel”, pronto estava a aberta a porteira da desgraça.
A razão sempre determina que as ações devam observar o cubo, ou seja: do zênite ao nadir,
 
de horizonte a horizonte em 360º, de leste a oeste e de norte a sul. Portanto é uma cubagem de tudo que pode ser afetado, como será afetado e qual será o resultado disto. O racional sempre sabe quais serão as reações que advirão de sua ação.
A emoção ao contrário, age no instante, age no momento e não se preocupa com o resultado final da ação. É metaforicamente como uma bola de futebol que chutada de qualquer maneira em um campo irregular e molhado, que quica em um obstáculo, resvala em um poça e afunda em um canto lamacento. Rola para o abismo sem se preocupar com o antes e o depois. 
O resultado disto? Isto é fácil, eles sempre acham um culpado ou um motivo para os resultados de suas atitudes emocionais. Estão sempre certos.
Quem comete um ato com razão preocupa-se com os que o cerca e consigo mesmo, os atos emocionais não se preocupa nem com ele mesmo, o praticante.
 
A razão nem sempre busca resultados imediatos, a emoção sempre tem este objetivo.
 
Acredito que os dominados pela emoção, sofrem de uma síndrome comportamental de cognição e assim sendo, merecem tratamento.
O racional aprende com observações de tudo que vê, lê, escuta ou sente, o emocional tendo olhos não enxerga, lê mas não compreende, tem ouvidos mas não ouve, sente mas não se sensibiliza. Busca as sensações imediatistas o prazer que dói em si e nos outros, o sabor doce (para eles) da vingança, ira, ódio etc. Nada disto é atitude do racional.
Separo muito bem aquilo que parecem emoções mas são resultados de uma atitude racional.
Vejamos: O amor é racional, todas as formas, porque considera o que ama; a alegria de uma formatura é o resultado de um ato racional.
Ah! o choro, este é um exemplo espetacular: Há os que choram pela razão de não ver ou ouvir uma pessoa que parte, e os choros histéricos dos emocionais que expõe com este ato mais atos emocionais cometidos anteriormente, quais sejam: remorsos, desprezo, abandono, traições, mentiras etc.
Quando nascemos recebemos um livro em branco e nele escrevemos nossas páginas diariamente, o racional prevê o final e pode muda-lo para melhor. O emocional, mesmo se tiver um átimo de visão não reescreve , revolta-se com o mundo que ele mesmo criou e no final o culpado é o mundo. Id dominante.
 
Quando a razão impera não há guerras, não há vencedor ou vencido, há conciliação.
Bom, chega por agora, isto não é um tratado, é um ponto de vista. Os racionais pensarão mais nisto os emocionais certamente ficarão irados.

ELIas, 17 de novembro de 2012

Fragmentos IV


Existem muralhas mais fortes que as de Jericó.
Estas caíram ao som das trombetas, outras só as cornetas não bastam, e já soaram muitas vezes e por muito tempo.
Luis Kobori, a tradução está certa?
יש חזק יותר מחומות יריחו. אלה התחלקו לקול חצוצרות, אחרים פשוט לא מספיק קרנות, וכבר נשמעו לעתים קרובות ובמשך זמן רב מדי.

Paris-Dakar é para os fracos, os fortes atravessam o deserto na solidão, porque as pessoas estão ocupadas demais para acompanhar. Eu disse solidão? Que erro!!! Atravessam com DEUS.

Respeito não é emoção, é pura razão. Quem tem argumentos sussurra, quem não tem grita. A razão é silenciosa no falar e no agir, a emoção é estúpida em ambos.

Sempre vou preferir ser 100% racional, que naturalmente para uma vida melhor, bastam 5% de emoção que quando quer se expor é levada ao seu lugar pela razão, que ser dominado pela emoção. Um mundo dominado por razão é naturalmente mais pacifico. As desgraças do mundo, todas, são resultados de emoções dominantes. Pensem nisto.

De meus textos: Coisas que não compreendo. 
Algumas pessoas não vivem o verão e dominados por forças emocionais, querem voltar ao inverno. Forçam a vida à sua maneira. Mas alguns humanos podem tudo por uma força maior, mas isto até que o ponto seja o de subjugar sob seus pontos míopes, então o humano --- racional --- não admite a subestimação e rompe todos os laços pouco ou nada se preocupando com o efeito míope do emocional.

O que nos manterá no "inferno" não é que fazemos, mas o que deixamos de fazer. 
A vida é uma teia.

ELIas, 17 de novembro de 2012

Para refletir


Nós Farmacêuticos aprendemos pesquisar, criar, testar, manipular medicamentos que curam,
eu procuro atingir o alvo e não me preocupo se o injetável será doloroso, 
se é ou não agradável ao paladar ou de utilização incômoda.
Há outros que se preocupam em agradar o doente, tirando o foco da doença.
Prefiro os que não me agradem mas que me curem.
De pirulitos os "butecos" estão lotados. 
Será que é por isto que alguns pedem a outros suas formulações?

ELIas, 17 de novembro de 2012

Admirável mundo novo - Quando?


Estou vendo no NAT GEO o quanto as pessoas sofredoras são consideradas inferiores na busca de uma vida melhor ou apenas sobreviver.
Patrulheiros vigiam a cerca que separa a México com os EUA. 
Sem entrar em outros méritos, isto demonstra que não somos iguais, alguns são mesmo mais iguais.
A fronteira Alaska (EUA) e Yukon (CANADÁ) é apenas uma picada sem vigilância.
Meu mundo é utópico e não creio que verei um mundo sem fronteiras, todos irmanados para o bem comum. 
Que Deus tenha piedade e mude a consciência dos ditos "humanos".

ELIas, 17 de novembro de 2012

Sobreviver - uma técnica


É provável que nem todos saibam o que é o Oxido Nitroso.
É o famoso gás do riso. Utilizado na medicina para induzir ao estado de "letargia" consciente, vez que atingindo o limiar pré-anestésico o paciente pode interagir com a equipe sem se dar conta exata de tempo e mesmo consciente não ser afetado pelas ações que ocorrem, deste modo o procedimento médico é realizado sem a resistência natural e com a colaboração do assistido.
Fim da história. 
No plano racional é uma forma de auto “anestesiamento” para a preservação da capacidade de continuar vivendo, naturalmente sem o uso da droga, um extremado controle que permite a não sensação de fatos desconfortáveis.
Em microbiologia isto seria chamado de esporular até que condições favoráveis ocorram.
Fim da estória.

ELIas, 17 novembro de 2012

Ao meu amado filho



Certas coisas demoram um pouco para cair a ficha.
Ontem foi um dia destes ao ver impresso meu nome em um convite de casamento. Eu como o pai do noivo.
Estas coisas são inevitáveis mas me dei conta de que meu menino já é um homem, embora já tenha responsabilidades por uma série de coisas, e que em breve estará em um novo ciclo, um mundo novo, construindo sua família, o que eu também fiz.
Continue seguindo meus passos naquilo que você acredita que eu tenha lhe ensinado ou tenha sido um exemplo para você, aprimore no que não concordou.
Um dia espero apoiar-me em uma bengala e te dizer: parabéns filho, você me ultrapassou. Esta será, sem dúvida alguma, a prova de que não passei em vão por esta Terra, que venci, mas teve um mais vencedor que eu. Parabéns filho amado e minha amada nora que será sempre tratada e amada como mais uma filha. Para vocês todo SUCESSO E AMOR DO PLANETA COM A AJUDA DE DEUS. Sejam felizes. E se a má sorte vos rodear, não pensem que serão ou foram os únicos, só desejo que sempre usem a razão, a mãe de todas as coisas boas e justas que existiu, existe e existirá. Beijos do "velho".

ELIas 17 de novembro de 2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Fragmentos III


Alguns posts que publiquei em meu perfil no face.

Meus amigos como faz muito tempo que não posto no meu blog, resolvi colocar aqui pequenas partes do que está para ser publicado. Outra coisa que estou devendo são os textos que fala da "Coruja" e ainda os textos "Do erro e das verdades".
Vamos ao resumo:
Bem aventurado é o filho que chora, sente tristezas e não pode falar, porque isto causaria ira em sua mãe. Ao contrário daquele mais novo que por
 apenas demonstrar o mínimo de desconforto é acolhido por ela (a mãe) que rapidamente lhe oferece colo e consolo. Aquele está nos braços do Senhor; estes estarão apartados --- tanto o filho quanto a mãe. O filho porque não é o que forneceu a zona de conforto, a zona de adaptação, a mãe porque nunca amou aquele, apenas o tolera porque é quem a mantem na estabilidade.

Quero dar meus parabéns e deixar meu agradecimento a todos os meus professores que foram muitos, tantos os das minhas formações quanto aos que na vida me ensinaram. BÊNÇÃOS DE DEUS A TODOS.

Meu caro gorgulho que tentou com grande orgulho de meu silo fazer pó, hoje vejo que o tempo que te murchou é o mesmo que me renovou.

Ah o Tempo é mesmo matador, trás a morte e leva a dor. 
Neste grande frigorifico que é a Vida, tantos imponentes já se banham no último corredor.

De meus textos: Coisas que não compreendo.
Algumas pessoas pensam que a vida é uma novela e que podem mudar o roteiro a qualquer instante. Esquecem porém que há outros escritores e que podem escrever uma cena inesperada.

De meus textos: Coisas que não compreendo.
Joseph Goebbels dizia que "Uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade." Mas conviver mantendo uma mentira precisa de quanto tempo para se tornar uma verdade? Eu acho que não existe este tempo.

Não são as coisas ruins ou boas que nos transformam em bons ou perversos. Elas apenas expõe o que sempre fomos.

Lutar a boa luta é para os grandes, vez que cada um luta limitado a sua grandeza.

Situações vividas alteram a forma de ver e sentir, para melhor ou pior. Imagens e palavras do passado hoje tem outros significados, como disse, mais alegres ou mais tristes. Lembranças evocadas sob outro prisma.

Água e óleo não se misturam, mas há os tensoativos que permitem esta combinação. Mas Corpo e Alma, substâncias de origem diferentes, não há tensoativos para isto. Corpos se unem a corpos e almas a almas. Não há outro meio.

As pessoas que guardam suas armas, querem voltar para a guerra. Os que finalizaram o combate lança-as ao solo.

Melhor que montes, por mais interessantes que sejam, o momento é de altiplanos limpos e com rotas de acesso. Porque os montes cairão e os vales se encherão com seus escombros.
Será que alguém agora entendeu o que postei aqui dia 17/09?

Nem madeira gosta de pregos, porque a fura, dilacera seu ventre. O martelo não gosta de ambos, este fere a cabeça de um e viola a outra.

Algo sem final: Um diálogo onde um utiliza a razão e o outro a emoção.

Se você fizer um encanamento para água e nele colocar cabos elétricos, de nada adiantará conectar uma torneira, nunca sairá água deste cano. O inverso também será tolice. Vez que cada um dá o que recebe e o que tem. "que cada um dê frutos segundo a sua espécie".

O tinhoso age como um ladrão, ele não perde tempo quebrando as paredes do seu coração, espera uma porta que você abre ou não fechou.

Há muito tempo, sempre que podia, eu via um programa que tinha um quadro "Senta que lá vem história". Hoje os valores são outros...

ELIas, outubro de 2012

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Fragmentos II



Algumas frases que publiquei em meu perfil no face.

Guardadas as devidas proporções, respeitando a posição de cada um, mas mudando alguns aspectos, já que a personagem não era lâmina de barbear e em havendo muito "zé ruela" por aí, certo estava o Costinha em: Costinha em 3 atos e 1/2.

Há muito tempo, sempre que podia, eu via um programa que tinha um quadro "Senta que lá vem história". Hoje os valores são outros...

Melhor que montes, por mais interessantes que sejam, o momento é de altiplanos limpos e com rotas de acesso. Porque os montes cairão e os vales se encherão com seus escombros.

Quem compartilha sua Luz, não fica nas trevas. Pense nisto!!!

Algumas publicações no face com as quais não concordo:
"Viva o hoje como se não houvesse amanhã." Isto me parece viver sem responsabilidades, se for no sentido de não se preocupar com o amanhã, também não cabe porque se você não projetar seu amanhã com certeza não será como você pensaria, se pensasse.
E tem aquela do "passado, presente e futuro" qualquer alusão a isto. Discordo porque sem passado,
 você não é o seu presente, e o teu presente te fará o teu futuro.
Tem ainda a do esquecer o passado, "que isto ficou para trás etc.", o equívoco aqui é que se você esquecer o passado, dele nada aprendeu, o que foi ruim cometerá novamente e o que foi bom não aperfeiçoará. Não existe passado, presente ou futuro, tudo é tempo e tudo é presente ou passado ou futuro.

Se não perguntar-me não te darei respostas, se perguntei e não me respondestes, ainda estou esperando. Sem perguntas e sem respostas nada será claro, nem mesmo se eu fosse da cidade dos gênios. Porque há um murinho aí. E o dedo de Deus não age quando você pode agir.

A meu respeito falaram o que quiseram, sem que eu pudesse me defender, amigos? Ah os amigos, fui tão inocente quanto uma pomba, quando deveria ser astuto como uma serpente.

Uma vez abriram a caixa de Pandora, tudo saiu e danou o mundo, menos a esperança que nela permanece.

Uma coisa é certa, quando vc mais precisa de ajuda, estar em paz e qurendo encontrar Deus, mais o tinhoso te atormenta. Se ele, o tinhoso, quer te derrotar, Deus enviará anjos para te proteger e consolar. Deus é comigo, sempre foi.

A estupidez humana está na espécie. É inerente e intrínsica, só um Grande Poder pode auxiliar.

ELIas, setembro de 2012

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Uma coruja






Estórias da Família Über-ich

Über-ich é a coruja e ela tem dois irmãos: Es e Ich.

Todos nós nascemos puros, uma vez que somos fagulha de Deus. O berço, o tempo e o meio ambiente formam aquilo que somos hoje.
É preciso o domínio e o equilíbrio entre a família Ich para o bem estar do soma (*) e do indivíduo na sociedade.
Esta família se alterna em domínio de acordo com as etapas da vida e de acordo com os acontecimentos do meio.
Mesmo que tudo se transforme, o Über-ich é permanente por toda a vida, não deve ser subestimado, engessado. E é com o passar dos anos que a sabedoria, quando a aceitamos, passa a ser a grande zeladora do mesmo.
Esta pequena explicação, que adaptei sobre conceitos de Freud, servirá para a reflexão sobre algumas estórias que irei publicar. E sempre que meus textos fizerem referências à coruja, é desta famíla que estarei escrevendo.
(*) o corpo físico.

ELIas, setembro de 2012

foto obtida no endereço:
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pense nisso

Pois é. E tem aqueles que sempre ficaram "de boa", farofa todo final de semana e feriados na praia, trabalhar além do horário? Coisa de idiota dizem eles. Virar 48 horas várias vezes, fazer inúmeros cursos .
Estes te perguntam o que você fez?
.A resposta? um sonoro silêncio.
"Só o trabalho pode produzir riquezas". Não sei quem é o autor, mas vinha impresso em extratos e envelopes do Bradesco. Pode até ser do Amador Aguiar. E por falar em amador a guiar eu sou profissional a dirigir. Perco o amigo mas não perco a piada.
Abraços
ELIas, 5 de setembro de 2012



domingo, 2 de setembro de 2012

Aos meus fiéis amigos











Aos meus inesquecíveis amigos: Nilo, Melindrosa,  Feroz, Velocípede, Tula, Denver, Bolinha, Chiquinho, Francisquinha, Dingo, Dexter, Amarelinha, Negrinho, Drica, Bella, Bill. E outros que não caberiam aqui. E aqueles que não foi permitido viver, isto na minha infância, não por mim.

Saudades de vocês todos.


Olá, (carta de um cão)

Eu sou aquele que sempre lhe espera. O seu carro tem um som especial, e eu posso reconhecê-lo entre mil. Os seus passos têm um timbre de magia, eles são música pra mim. A sua voz é o sinal maior do meu momento feliz e às vezes você nem precisa falar nada.

Quando sinto sua tristeza, eu tento te fazer sorrir. Se vejo que está alegre, como isso me faz feliz! Eu não sei qual é
 o melhor aroma no ar. Só sei que o seu perfume é o melhor. De algumas presenças eu gosto, de outras não. Mas a sua presença é a que movimenta os meus sentidos.

O seu olhar é um raio de luz quando percebo o seu despertar. As suas mãos sobre mim têm a leveza da paz. E quando você sai, tudo é vazio outra vez. E eu volto a te esperar sempre e sempre. Até você chegar novamente.

Esperar pelo som do seu carro… Pelos seus passos… Pela sua voz… Pelo seu cheiro… Pelo seu repouso sob minha vigília à noite… Pelo seu olhar… Pelas suas mãos fazendo carinho em mim. Eu sou aquele que te espera. Eu sou seu cão! E sou feliz por ser assim!

Nunca lhe pedi para me deixar bonito, nem para me adestrar. Também não lhe peço bons alimentos ou me levar no veterinário, nem isso nem coisa alguma. Se não tiver uma correia bonita, pode me colocar num laço ou deixa-me solto. Prometo que não vou embora. Se não puderes me comprar uma casinha, me conformo com um trapinho no chão. Aonde quer que você me colocar, eu sempre vou te proteger.

Não me corte o rabinho, nem me afine as orelhas. Prometo que serei fiel quando tiver que te defender. Se eu destruir algo, desculpa-me, é que não sei o que faço quando estou brincando com as suas coisas, não conheço o valor dos seus objetos e não estrago por má intenção. O que lhe peço é um carinho de vez em quando em mim, e um pedacinho de pão, o demais, me dê apenas se for de sua vontade.

Se eu soubesse falar, quantas palavras bonitas eu diria a você. Se você soubesse como fico feliz quando passeio contigo, mesmo que você não perceba, eu fico muito feliz!

E se já estou velho, e lhe dei meus melhores anos, não me deixe na rua. E, se lhe causei algum dano, com esta lágrima que vê brotar de meus olhos, peço-lhe perdão.

Sim, eu sou um animal, sou um cachorro criado por Deus, porém também os cachorros sentimos e temos coração.

Chegará o dia em que partirei dessa vida, e quero que saiba que lá no céu dos cães, eu sempre serei grato por tudo o que você fez por mim, e principalmente pelos anos que passamos juntos.

Com carinho,

Cãozinho.

Sirlei Pancoti ♥

domingo, 26 de agosto de 2012

Upon once a time


Era madrugada quando as pessoas se reuniram em frente a casa dele.
Saíram para as tundras e florestas sob forte nevasca, era a primeira daquele ano.
Caminharam muito procurando por algum sinal, por uma pista.
Já exaustos e quase desistindo alguém grita ao longe --- Aqui!!!

Eles se estabeleceram naquele lugar quando ainda havia apenas uma habitação. Sabia da febre do ouro e quis participar não como garimpeiro, mas fornecendo víveres e outras necessidades básicas à aqueles homens.
Era rotina a compra de peles, as caçadas e a defumação de carnes e peixes para fornecimento em seu estabelecimento.
O inverno estava chegando e era preciso aumentar o estoque. Alguém havia avisado que em certo local havia grande quantidade de animais. Reuniu os amigos e partiu à caçada, a última antes do grande inverno que se aproximava, porque quando chegasse o inverno, seria praticamente impossível obter qualquer quantidade razoável de alimentos.
Utilizariam uma técnica indígena, que significava fazer um cerco aos animais, conduzindo-os para uma fechada e estreita passagem, onde seria mais fácil o abate.
Sabia que seria uma tarefa demorada, que exigiria grande esforço, por isto levava alimentos para vários dias.
Separados e seguindo as trilhas conhecidas ou abrindo outras, partiram.
Rumou para o sul, de onde após muitos quilômetros faria um contorno na margem do rio, sentido sudoeste.
Um homem só na floresta ou mesmo pelas tundras é vítima fácil de um animal faminto ou ser capturado pelos índios que havia na região. Mas experiente e amigo dos chefes das aldeias, deste medo não se preocupava. Por vezes um ou outro urso era avistado, mas nunca foi incomodado.
A noite já estava adiantada quando parava um pouco para repousar ao lado de uma fogueira. Mas em uma destas breves paradas, foi acordado por um som que se afastava dele. Olhou para os lados, pegou uma de suas armas e nada viu. Ao se preparar para continuar a jornada viu que a coisa mais importante que tinha fora levada embora. Procurou por rastros e viu ser pegadas humanas e naquela região habitam seus amigos. Alguém entre eles o havia traído. Aquela mesma gente que ele ajudara. Não se importando com o fato, continuou. Já estava chegando ao ponto em que deveria voltar-se para o sudoeste. Chegara tarde, e avistando o rio lá em baixo, recostou-se em uma árvore à beira do barranco e armou uma linha de pesca na esperança de que algum peixe fosse atraído e assim ele poderia se alimentar.
Recostado começou a recordar de sua grande caminhada até aquele vilarejo. Passara por tantos lugares, vira tantas coisas e aprendera com elas.
Havia lugares sagrados para onde ia. Havia lugares que lhe foi proibido de frequentar por mais que desejasse, passou várias e várias vezes pela circunvizinhança daqueles locais. Mas só, não teria  significado. Queria alguém com ele e este alguém nunca quis ir junto. Proibira-o. Este alguém era recatado até algum tempo, depois deslanchou seus desejos mais profundos e escondidos e frequentava aqueles lugares para embriagar-se de salsaparrilha e outros fermentados. Ria muito, fazia coisas que jamais permitira que ele fizesse. Mas com ele? Não. Lugar proibido.
Um lampejo passou pela sua mente: Algum dia alguém irá passar por estas trilhas, seus filhos ou netos --- se os tiver --- e se lembrariam de quantas vezes ele havia passado por ali em busca de conforto para eles ou mesmo para ir até uma ou outra aldeia em busca de cura para as doenças dele e deles --- os remanescentes. E quanto aos locais proibidos, somente uma pessoa teria algum pensamento.
Adormeceu com estes pensamentos e o estômago vazio.
Quando os outros ouviram o grito --- Aqui!!! ---correram e na margem do rio viram o corpo em um remanso enroscado em um tronco de árvore. O leito era profundo e desceram com cuidado amarrados em cordas até o local. Já havia cinco dias desde o desaparecimento e em estado já adiantado de decomposição foi uma tarefa árdua retirá-lo de lá.
Enrolaram em tecido qualquer e começaram a jornada pela margem do rio até um ponto em que pudessem colocar uma canoa e remar rio acima até o vilarejo.
Quando chegaram já eram aguardados por um pequeno grupo, vez que a notícia já havia sido entregue pelo batedor que se adiantara.
A mulher estava junto aguardando, não a permitiram que visse o que restou do corpo, inchado e em partes já dilacerado. O cheiro ruim exalado, não condizia com sua vida.
Ela recebeu suas roupas e no bolso de sua calça bem protegido uma série de papéis onde ele escrevia seus pensamentos e sentimentos.
O pastor achou melhor fazer a cerimônia de sepultamento imediatamente. E assim foi.
Nos poucos minutos que o corpo foi velado, ela encostou ao lado do pacote embrulhado e pensava em tudo o que ele lhe perguntava, em todos os monólogos que ele fazia no sentido de conversar e ela respondia com o silêncio. Ele sempre dizia que isto era crueldade, mas insensível e ouvindo conversa de comadres, endurecera seu coração.
Depois da cerimônia e tornado santo, como se tornam todos na hora que descem à cova, ela foi ler os seus escritos. Quanto teria sido melhor não carregar estes sentimentos. Falou com ele, respondeu as perguntas, mas ele não estava presente para ouvir.
Mas isto durou pouco tempo, não mais que um mês, e depois estava novamente na salsaparrilha, suas gargalhadas e os locais que com ele nunca frequentou e o sentimento de liberdade enfim eternizado. Não se sentia culpada por nada, afinal como sempre, transferira a responsabilidade para ele --- Quem mandou ele morrer e me deixar.
Uma única lembrança passou pela cabeça dela, uma frase que estava escrita em seu bolso: --- Depois que Eva comeu a maçã, nunca mais parou. Maçã vicia.
O nome dele era Ernest Albert Goeltz, o rio o Yukon, e a cidadezinha que ele vendia suas peles é hoje Whitehorse, capital do território do Yukon.
ELIas, agosto de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Melhor idade é puta que pariu (Ruy Castro)

A voz em Congonhas anunciou: "Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.".
Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a "melhor idade" - algo entre os 60 anos e a morte.
Para os que ainda não chegaram a ela, "melhor idade" é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.
Privilégios da "melhor idade" são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais. Ou seja, nós, da "melhor idade", estamos com tudo,e os demais podem ir lamber sabão.
Outra característica da "melhor idade" é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.
Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou: "Voltando da farra, Ruy?". Respondi, eufórico: "Que nada! Estou voltando da farmácia!".
E esta, de fato, é uma grande vantagem da "melhor idade": você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir. Primeiro, a aposentadoria é pouca e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas.
Depois vem a condução.
Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te dê uns 60 anos.
Olha... a analise dele é rápida. Leva uns 20 metros e, quando pára, tem a discussão se você tem mais de 60 ou não.
No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo:
- "Sou deficiente".
O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou:
- "Que deficiência você tem?"
- "Sou broxa!"
Ele deu uma gargalhada e eu entrei.
Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo...
Eu disse bem baixinho para uma delas:
- "Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não"
Bem... fui até a pedra do Arpoador ver o por do sol.
Subi na pedra e pensei em cumprir a frase. Logicamente velho tem mais dificuldade.
Querem saber? Primeiro, tem sempre alguém que quer te ajudar a subir: "Dá a mão aqui, senhor!!!"
Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça.
Sentar na pedra e olhar a paisagem.
É, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda e quando senta sente os ossos em cima da pedra, o que me faz ter que trocar de posição a toda hora.
Para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos se não, nada vê.
Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz:
- "O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair."
Resmungo entre dentes: .... "só se cair em cima da sua mãe"... mas, dou um risinho e digo que esta tudo bem.
Esta titica deste sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e o sol nada.
Vou pensando - enquanto desço e o sol não - "Volto de metrô é mais rápido..."
Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá esta um puto de um guarda que fez curso, sei eu em que faculdade, que tem um olho crítico de conseguir saber a idade de todo mundo.
Olha sério para mim, segura a roleta e diz:
- "O senhor não tem 65 anos, tem que pagar a passagem."
A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.
Com os pés doendo fico em pé, já nem lembro do sol, se baixou ou não dane-se.
Só quero chegar em casa e tirar os sapatos...
Lá estou eu mergulhado em meus profundos pensamentos, uma ligeira dor de barriga se aconchega...
Durante o trajeto não fui suficientemente rápido para sentar nos lugares que esvaziavam...
Desisti... lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dei de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava... Me senti o máximo.
Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida,fiquei uns 3 dias mais jovem.
Quando já contente, pelo menos com o flerte, ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou.
É agora...
Joguei um olhar 32 (aquele olhar de Zé Bonitinho) ela pegou na minha mão e disse:
- "O senhor não quer sentar? Me parece tão cansado?"
Melhor Idade??? Melhor idade é a puta que pariu!!!"

Eu ainda não cheguei lá, mas é bom estar preparado.

ELIas - jul 2012

Fragmentos

Amigos alguns fragmentos que escrevi em meu perfil no face.


Utopia 
Preciso entender que vivo em um mundo utópico. Não vivo no meu tempo. Este tempo não existe, talvez já tenha existido ou nunca venha a existir. As pessoas vivem em seu mundo individual e fazem dele toda a verdade, as suas verdades, e creem que nada ao redor as influencia ou é influenciado por elas.
Este será o fim da humanidade.


Se me ofertares verdades amargas em um vasilhame qualquer, mesmo o mais simples dos vasilhames quebrado e com as bordas que possam ferir minha boca, eu o sorverei. Sentirei o amargor, mas em minha garganta será doce. Enchê-lo-ei com favos de mel e te devolverei.
Mas se me ofertares doces mentiras ou omissões mesmo que em um cálice de ouro cravejado de diademas, eu o entornarei sobre sua cabeça, enchê-lo-ei com cicuta e te devolverei.
Porque mentiras não são perdoáveis e aquele que "nada sabe" nada pode perdoar.

Quem vive fugindo, um dia com certeza, entra em uma rua sem saída. E daí? Não há fugas, não há escape.

De tudo o que tenho, a única coisa que posso oferecer e que não acabará jamais é meu amor. Mesmo com pedras sobre pedras.

Quando você orar para Deus e achar que Ele não escutou porque não respondeu, saiba que Ele está trabalhando para te dar a melhor resposta ou o melhor atendimento para você.

Acho que tudo em que acredito morreu. Mas não mudarei meus conceitos. Quero permanecer com um coração leve e a alma pura. Quem quiser que me siga, ou eu vou só.

"Três coisas não se ocultam indefinidamente: O Sol, a Lua e a Verdade." (Confúcio)

ELIas - jul 2012