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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Caminhos e caminhadas


Caminhos e caminhadas. 

(republicado - do meu antigo e apagado blog)


É muito mais fácil trilhar o caminho já aberto e ter como apoio a placas indicativas que abrir um novo.
Eu sempre ajo assim, e não é estranho ver isto nos meus escritos: Quando não houver caminhos eu crio um. A isto eu chamo de persistência, mas só quando NÃO houver um caminho.

Muitas, diria inúmeras vezes, deitei-me debaixo do zimbro e clamei que não sou melhor que meus pais, muitas e muitas vezes subi ao Monte Horebe e lá ouvi o trovão e vi a tempestade, mas foi no silêncio que ouvi minha própria consciência a me mostrar o que fazer.

Nunca quis provar para alguém ser capaz, ah! Desculpas – menti – quis provar para mim que aqueles que me achincalharam estavam errados, NÃO para eles. Isto é caminho para o sucesso, não perco tempo em me comparar em querer me igualar, elevo a cabeça e busco além do horizonte.

E pelo caminho não tive orgulho em perguntar qual a trilha mais amena e como nela chegar, em qual deles havia fontes de água pura – na travessia achamos muitas fontes envenenadas -- e pontos de repouso, um oásis. Estas são as exigências para atravessar o grande deserto que é a vida que sem manual te deixa ao relento.

Não tendo bússola olhei para as sombras para saber a direção, não tendo relógio olhei para as estrelas para saber as horas.

Acredito que a alma é universal e uma só, vez que veio de Deus e o que temos é uma fagulha dela e uma vez sendo uma só, a minha alegria se espalha por este mesmo universo assim como minhas angústias e tristezas. Se evoluo todo o universo evolui, se paro – involuir é impossível – seguro o avanço universal.

Todos nós devemos tudo a todos no sentido cármico e nesta teia ou evoluímos juntos ou paramos juntos. O problema é que não aceitamos isto, não sabemos que o que não quitamos hoje, vai ao cartório para ser cobrado amanhã e protestado com encargos ainda maiores.

Parando por aqui, talvez um dia continue.

ACEITE.


em algum lugar do planeta, fevereiro de 2011