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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O falar sem dizer


Algumas coisas não podem ser ditas diretamente.
Coisas são transmitidas e receptadas, guardadas e se houver interesse não podem ser esquecidas, mas resolvidas. Mas se não se fala direto é preciso achar um meio para dizer.
Direto seria, digamos uma ofensa? Talvez, assim como um adeus, na forma de um aceno de dentro de um ônibus também o seja para alguns.
O que causa o emudecimento na presença e largas risadas na ausência?
O que faz olheiras?
Não pode se irritar e engasgado sorrir.  Uma pedra na lata é motivo de censura. E o peito o que carrega?
---Ei amigo, você poderia me dar uma informação? Uma resposta nem educada nem deselegante, mas lá vem a censurante. O peito o que carrega depois de caminhar na estrada de terra por tanto tempo procurando um abrigo para compensar um cheque? Havia ali um local que eu conhecia. ---Vamos? E quem convida responde: Não
Mantenha-se quieto, alguém está deixando alguma coisa no peitoral da janela.
Ah! Ainda há as flores amarelas.
A Eldorado propaga uma música. Jeito perfeito, mesmo sem jeito.
O sol vai sair, sorria, o dia chegou. Seria isto uma forma de mostrar que entendeu e que está dando a resposta, a solução do problema? A tempestade acabou.
Você sabe demais, isto não é bom.
O que é melhor: Saber, compreender e aceitar ou descobrir e o sonho desmoronar?
Até qualquer dia, sim, você sabe, eu compreenderia.

ELIas, janeiro de 2013

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