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quarta-feira, 8 de maio de 2013

As prioridades e o tempo – Final


As prioridades e o tempo – Final
Contei um pouco mais sobre o que fui, agora, encerro.
Como canta Oswaldo Montenegro em Metade: “Que minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também”.
Explano o que sou em cada metade:
Uma delas é a exposta que as pessoas podem ver, e é o amor universal, o amor ágape. A outra metade é escondida e só é exposta quando encontra metade igual, e somente foi por duas vezes e por breves períodos. Esta é reservada e é aquilo que chamam de amor entre homem e mulher. Se eu a recolhi não foi por mero acaso, fui induzido a isto e lá permanece na obscuridade até que alguém venha a merecer. O fato de estar velada não implica em morte da mesma, significa estar guardada protegida, porque como narrei nas outras duas postagens, “amor” vazio não me interessa, e tudo o que é amor Eros verdadeiro está lá. Sou como uma garrafa de Leyden ou Leiden que está com energia, mas não demonstra até que você crie um curto-circuito.
Chegou o tempo de dizer que guarde seus amores, suas alegrias e suas dores, seus amantes, seus odores e suas flores, as sujeiras de meus aposentos e seus “partos”, destas coisas não quero saber mais. Que fiquem para teu conforto. Não foi um julgamento justo? Não foi dado o direto ao contraditório? Então agora se findou o tempo do recurso, do agravo de instrumento, agora já é transitado em julgado. Estás intempestiva.  Amou-me? Que pena que não soube manter. Não vou aqui narrar nada porque certamente logo vão tegervisar. Afinal eu sou o “culpado” por todos os erros e não reconhecido pelos acertos.
Acho que o céu não é lá muito meu amigo (nessa área), porque quando o sol é filtrado em alguma janela nas nuvens escuras, logo ele envia outra para impedir a passagem do raio luminoso.
Estou velho e feio, não posso voltar a idade física, mas posso ajeitar a feiura. E asilos há muitos por aí, quem sabe não estará lá a outra metade?
E como as pessoas temem o julgamento dos demais, da sociedade mascarada e não procuram a felicidade, por que temer se afinal é sempre entre você e Deus e toda forma de amor é válida. E por favor, há alguns tolos que chamam sexo de amor.
O que me entristece, é possível entristecer a própria tristeza em pessoa? Supondo que sim, então, o que me entristece mais, eu disse mais, são as pessoas me compararem com as demais que vivem neste lamaçal, e por outro lado eu não ter dado à elas motivo para isto. É claro que é normal jogar tudo dentro do mesmo chiqueiro, não culpo ninguém, este é o mundo de hoje. E neste campo os cafajestes se dão muito bem. Mas não há como concorrer com a Fórmula 1 andando. Eles, os cafajestes, andam com aqueles veículos e eu com sapatos apertados. Mas alegra-me saber que não fui um “santo” que pregou uma coisa e fez outra, a mesma que para o povão condena. E também não fui um cafajeste e que conta  aos quatro ventos suas aventuras como conta quem recebe um grande prêmio de glória, uma medalha nobre, um título das mãos da Rainha Elizabeth.
No juízo final estou tranquilo. O que Ele disse faça eu fiz, mas fiz também algumas coisas que Ele disse não faça. Mas foram coisas menores, porque hoje eu posso olhar para meu passado e só ter uma coisa para me arrepender: uma doação de sangue que não quis fazer, mas fiz muitas outras depois.
Se mostro algo que tenho ou que faço, faz parte de meus negócios e marketing muito mais profissional que pessoal.
Por favor, nunca me comparem com ninguém, sou único, como todos somos únicos. Tenho meus defeitos e não sou santo, mas também não sou hipócrita. Se não sabe, pergunte. Se quiser ver, observe, se quiser ouvir, fale. Cuidado com as comadres.
Termino com um parabéns, você conseguiu, e, por favor, transmita a Dra. também meus parabéns, não ousaria dizer pessoalmente, não ainda.
“Eu vim de longe, de muito longe, o que eu andei pra aqui chegar, eu vou para longe.” Lá para os lados onde o mundo se acaba.
Eu Vim de Longe
Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou
Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha na outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe  ...
Palavras minhas que não constam na música: O que eu andei para chegar aqui e agora isto é um empecilho.
Vou ver a Cachoeira da Onça, em polis que um dia tudo, o rio inundou, ver as velhas praças, grandes e velhas árvores, em um canto calmo em uma zona da mata.

ELIas, 7 de maio de 2013, “simbora” deixar estas palavras para Belém e escrever pelo menos parte de um capítulo sobre Cactos e Suculentas.

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