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Naquele tempo eu frequentava a 1ª Igreja Batista que
fica(va) na Praça Duque de Caxias, nasci em berço protestante, e sempre que
podia aparecia por lá.
Conheci a diplomacia do Barão do Rio Branco e a arte da
guerra de Duque de Caxias e quando cruzei as duas, passei pela grande transformação
da minha vida. Isto me fez saber o que era o amor verdadeiro. Foram dias de
felicidade, ainda na regra da sobrevivência, mantive-me em meu casulo, vi as tábuas
dos Dez Mandamentos, e o que se seguiu não foi um desvio delas. Alguns até
diriam que sim, estariam enganados, o amor liberta e nunca escraviza. Metade de
mim se foi, e voltou para ir, e voltou para ir e nunca mais voltar.
E foram embora os dias das esbórnias.
Sempre tive uma máxima comigo, quando alguma coisa que eu
olho e de alguma maneira me marca ou me toca na alma, eu tenho certeza de que
ali ou naquele lugar algo acontecerá e foi isto, e é isto até hoje. Acho que
isto ocorre com todos, apenas alguns não aprenderam a notar este tipo de
situação.
Na região onde resido (?) --- ando por tantas casas que nem
sei onde resido --- em certa data ocorreu um caso em um prédio que ficou como
um esqueleto assombrado por muito tempo e aquilo me marcou e tempos depois,
muito tempo depois, fizeram um condomínio lá e como o local guarda uma desgraça,
é claro que lá estaria também a minha, ou não, depende de como está meu
espírito, por vezes sinto que até tenha sido uma benção as desgraças lá
ocorridas há pouco tempo, conheci melhor as pessoas. E estas ocorrências
ajudam-me a tomar decisões.
Um período nublado, depois raia o sol e como previsto para
daqui a cinco bilhões de anos, apagou-se. Marcas, mudanças, crescimento espiritual,
emocional, mas com dor, muita dor.
Eu tinha um sonho a fazer e sair pelo mundo, mas fui substituído.
O que acho inusitado é o fato de que sempre que me substituíram procuraram alguém
e ou algo que de alguma forma estivesse muito próximo do que sou, de onde vim,
das minhas origens, inconsciente é claro, mas as coincidências são tantas. Se
for colocar na ponta do lápis é fácil demonstrar isto, e me pergunto por quê? É
intrigante, mas é real. Uma pergunta: será que fui substituído em plenitude? É
claro que não. E eu sempre estou dentro do círculo, como um fantasma que não
tem destino e ronda o planeta.
Na minha meninice, ganhei meu primeiro par de sapatos,
(aqueles de borracha totalmente vedados) a alegria foi tanta que dormi com eles,
isto aos sete anos. Havia dias em que a única coisa para comer era melaço de
cana. Mas por que dizer isto aqui? Lamentação? Absolutamente não, para
demonstrar que no universo há abundância para todos e que caminhos retos levam
a prosperidade. Mas prosperidade significa felicidade? Não. Nada significa, as
coisas materiais te trazem conforto para o corpo, mas nunca para o espírito.
Mas apesar disto, estas coisas não me importam (materiais), agradeço a Deus por
ter me emprestado e procuro fazer bom uso e poderei viver muito bem sem elas.
Mas se Deus me deu as oportunidades e a visão ao longe, Ele tem seus
propósitos. Uma parenta (soa estranho parenta, mas é assim mesmo a grafia) me
escreveu uma mensagem bem realista, ao afirmar de que ando por todo o mundo no
momento que desejar, mas não levo o
essencial, a felicidade. E não adianta procurar em lugar algum.
Pelo lado espiritual sinto falta da prática de uma religião
convencional, mas enquanto isto também é uma provação, levo Deus e a Graça
comigo, principalmente a Graça. E esta tem sido minha religião, mas Ele sabe de
meu sincero desejo.
Sou feliz a meu modo, um modo um tanto rudimentar,mas é o
que se tem por ora.Sou feliz porque ainda tenho esperanças.
Ocupo-me demasiadamente em meus trabalhos, estudos, escrevendo artigos,
prefaciando livros,quando não escrevo também os meus, pesquisas, invenções,
dirigindo entidades de classe, talvez isto por fuga, que seja, mas é produtiva.
Já afirmei uma vez que tudo que quis no plano material eu
realizei, e uma das coisas que tentei fazer foi a AMAN, (mas na época
foi impossível – quem souber disto sabe que por perto andei, logo o que escrevi
acima das coisas que marcam), hoje entro no círculo por outra porta oficial.
Quanto ao que tinha que fazer pelo mundo espero que seja
convocado, então mais uma pendência foi resolvida.
Não concordo com certas gaiolas que prendem os indivíduos,
as palavras do “padre” sob meu ponto de vista é uma indução ao inferno porque
as pessoas juram aquilo que não podem cumprir, mas são obrigadas a jurar.
Faço coisas ou tomo algumas
atitudes que para alguns parecem insanas, mas eu tenho meus motivos e sei até
onde ou quando as manterei. Quem conhece a frase de Rondon: “Morrer se preciso
for...”? E acreditem-me já “morri” mais que uma vez, mas espero ressuscitar. E
só uma coisa me entristece, as calúnias que falam a meu respeito, mas eu perdoo
porque entendo que não estão lutando a boa luta. Mas tudo vem a tona. O mar
sempre devolve seus cadáveres.
... continua ...
E o Dia D, o dia do desembarque.
ELIas, 24 de abril de 2013
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